14/12/2011
Reflexão no discurso final da Edna
Um textículo reflexivo menos introspecta pra diversificar...
No fundo no fundo a moral, a ética, o certo e o errado, o creio e não creio, refletem puramente o desejo. Os prícipes alemães não eram simplesmente oportunistas e usaram Lutero para interesses pessoais, a partir do momento que o que Lutero dizia favorecia os desejos deles, a lógica começou a jogar do lado de Lutero na cabeça dos príncipes, mas não foi nada malígno. Eles realmente acreditavam. O mesmo se aplica ao calvinismo, ao iluminismo, ao fascismo, ao nazismo, aos republicanos, aos militares, aos democráticos... Até ao cristianismo e ao islamismo.
O certo e o errado são colocados convencionalmente como os controladores dos desejos, mas o que acontece é que, com a subjetividade da nossa logica, eles são conduzidos pelos desejos. E nessa nossa sociedade cada vez menos dogmática(que bom) o que ocorre é um verdadeiro self-service religioso e ideológico que nos permite embasar qualquer conduta em uma justificativa lógica.
Não é um protesto, nem sequer um manifesto. Só um ponto a mais pra refletir, pra mostrar a fragilidade dos nossos métodos e a superficialidade, a efemeridade e o simplismo de nossas opiniões.
"O principal que vos deixo é a reflexão", ok, mas não a transforme em uma retórica. A reflexão só tem ponto de partida, o fim se descobre, não pode ser pre-determinado.
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Com a história, mais do que aprender sobre economia, política, guerras e sociedades, deveríamos nos autocriticar.
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