Meus olhos, que se perdiam na multidao, se descansaram nos olhos dela, e eu me encontrei meio às ideias ilúcidas que invadiam o meu ser. Na primeira vez que cai naquelas pupilas, eu parei. Parei e fiquei nela, por mais inconveniente e invasivo que fosse o meu olhar, nao tive forcas para desviar, e esperei que eles sumissem da visao. Mas agora nao era mais a primeira vez, e eu só me permiti parar até o momento em que os olhos dela, perdidos na multidao, caissem nos meus.
As vezes acho um preconceito, ou uma desconsideracao com o resto da multidao, permitir que meus olhos se descansem apenas em determinadas pupilas, ignorando todos os outros nao tao belos olhares que presenciam a situacao. Espero que me perdoem,mas é pelos olhos que vejo a alma, e que alma devia ser aquela, exposta naqueles olhos que se demonstravam quase virgens ao ver.
Foi quando os olhos delas cairam nos meus, que me perdi na multidao novamente, esperando ser o descanso dos olhos de alguem
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