segunda-feira, 14 de maio de 2012

Zé Ninguém

Leitura indispensável: Escuta, Zé Ninguém.
Reflexões:

Zé ninguém é o homem comum, o sujeito imbecil, que a milênios tem preguiça de pensar, que não assume quem é e nem o que faz, que deteriora, distorce e confunde todo conhecimento que é produzido e atrasa e a afunda a humanidade incansavelmente.

Zé Ninguém foi a multidão de Judeus medíocres que, embalados pelo grito da multidão e pelo medo da mudança, da verdade e da liberdade, condenaram  Cristo a uma das piores torturas que a raça humana já sofreu. Foram os Judeus e Cristãos ignorantes que, em nome de célebres mestres, como Davi e Cristo, queimaram a biblioteca de Alexandria e depois condenaram a filosofa Hepátia por se recusar a crer sem questionar, e depois guerrearam entre si (Judeus e cristãos)!. Foram os sustentadores da Idade Média, que em nome do "amor de cristo", mataram e torturaram milhões. Foram os bolcheviques(estalinistas pra evitar conflito) que em nome do povo da Rússia, buscando liberdade e igualdade, criaram um dos Regimes mais absurdos e desiguais do Século XX. Foram . Foi a multidão que "pela família com Deus pela Liberdade" sustentou uma das maiores ditaduras que esse País já teve, uma multidão temerosa, que acusava João Goulart de comunismo sem nem saber o que era comunismo, que por anos cuspiu as palavras da grande mídia sem questioná-las. É sempre assim, o Zé Ninguém, na inércia da multidão, reproduz os rótulos e os ódios da multidão sem questioná-los, é um imbecil que só sabe gritar e errar. Foi assim com os Cristãos, em Roma, com os pagãos, na Idade Média, com os Judeus no nazismo, com os comunistas, na ditadura e, hoje em dia, com os imigrantes. Olha que só cito aqui as atrocidades que o Zé Ninguém faz de forma mais escrupulosa, pois o ignorante também repele, sem saber porque, os divorciados, os gays, os pobres, os emos, as patricinhas, os funkeiros...  O pior do Zé Ninguém é que ele não aprende nem com esse milênios todos. O Zé Ninguém esquece-se simplesmente das delusões que  já teve e torna a tê-las. Ele recusa-se a admitir que foram eles que levantaram e sustentaram o Nazismo, a Ditadura brasileira, a morte de Cristo, a ascensão de Robespierre e facilmente se queixam e se colocam de vítimas quando os planos se perdem em sua podridão, sem jamais tomar o fracasso e os absurdos daquilo que apoiou como responsabilidade sua também, nem para servir-lhe de lição, para que não se repita. A humanidade vai e volta nas mesmas desgraças, quando acha uma luz, distorce-a, e o Zé Ninguém, entorpecido pela idolatria, pela estabilidade, , pela ordem, pelo patriotismo, pelo dogmatismo, pela estabilidade e pelas leis morais, que as decorou e as repete como um papagaio, deixa que seja distorcida.

O que mais apavora é que o Zé Ninguém está em todo lugar, é a maior doença da humanidade, em todas as nações, famílias e também-ou sobretudo- em mim. Vejo vários sintomas e fraquezas desse Tipo em minha mente, a começar nesse ódio que possuo sobre o Zé ninguém. Odiar é muito fácil e a principal atitude do Zé Ninguém é Ódiar, é não assumir-se, não criticar-se e buscar sempre nos outros os defeitos do mundo. Pede paciência ao mundo quando falha, clama por ser ouvido, argumenta com todo esforço sua defesa, justifica todos os seus erros, mas não tem uma gota de paciência a oferecer quando alguém ou uma sociedade, ou mesmo o mundo falha, e nunca escuta, tem preguiça de escutar.

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