quarta-feira, 31 de julho de 2013

Pós modernidade

Entenderemos cada dia menos.
Nada me diz nada,
Tudo se equivale,
Todos se equivalem,
Não existe progresso,
Não existe beleza.
Não existe norte.
Tudo é arbitrário,
E daqui,
A decisão é não arbitrar mais,
Não sei mais fazer política e muito menos arte.
Passo por um processo de desculturação, na medida em que reconheço a aleatoriedade dos padrões culturais e as suas dissemelhanças com a realidade.
Não sei mais ler política e muito menos apreciar arte.
Vejo a impotência de tudo que se propõe a explicar algo, logo que é enunciado.
Nietszche, Hesse, Reich, Cohen, Freire, Marx,
Nenhum passa pela peneira do relativismo,
Todos evolucionistas,
Acreditam em beleza, em progresso, em norte, em conhecimento.
Não existe nada disso.

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