segunda-feira, 13 de junho de 2011

Cansasso

A manha vem deprimente nas noites que, de tao boas, nao foram dormidas. Deprimente, derrepente e destruidora, com seu Sol que ressaqueia os olhos vagantes e com seu frio que arrepia os corpos ainda acordados e lhes mostram o quanto estao cansados. As caras ficam todas pálidas, quase mortas, e uma nostalgia paira no ar entre aqueles que já(ou ainda) estao de pé. As faces se encaram e compartilham primeiramente uma tristeza no saber que a noite já acabou, em seguida uma preguica e uma covardia em seguir em frente e, por último, por meio de um modesto e discreto sorriso, o singelo prazer de simplismente saber que aquela noite existiu e que foi do caralho, e que eles estávam lá, nao só como público, mas principalmente como palco. é mérito de cada um deles a qualidade da noite, e quando as faces se encaram, sorriem e reconhecem entre si este mérito, os bohemios sao cometidos por uma imensa onda de amor próprio e também por uma alegria em saber que suas maos sao capazes de fazer uma noite como aquela. E que noite.

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