domingo, 1 de julho de 2012
Há questões que são muito particulares - que se embasam muita na minha própria lógica interna, nas minhas singulares experiências espirituais, entorpecidas, no meu particular histórico de reflexões, leituras, filmes e músicas - para serem compartilhadas. O que sustenta uma conversa com o outro é o que nós temos em comum com ele. Somos nós que criamos o sentido de uma conversa, a coerência e a coesão, não há nada naqueles fonemas que tenha algum sentido em si, é o passado em comum e a memória que possibilitam o sentido de uma frase e de um texto. Assim, quando passamos a ter mais experiências internas do que externas, ou quando uma experiência é mais marcada pelo seu universo individual do que pelo universo coletivo- por meio de drogas, músicas, reflexões e espiritualidade- perdemos o elo que nos conecta com o outro, o passado em comum e os acordos tácitos que sustentam qualquer conversa. Então o silêncio passa a ser mais conveniente, há questões que são particulares demais pra serem compartilhadas. Se compartilhadas, são só por meio da arte.
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A não ser que as pessoas coincidam as suas profundezas individuais numa mesma direção, o que é surpreendente e nos leva às conversas mais agradáveis, tocandes, uma sintonia sem igual. Agora, achei fenomenal a ideia da arte como essa forma de comunicação interna... boa demais parabens rei
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