quinta-feira, 30 de junho de 2011

Ao william.

Podia descomplicar, mas em consideracao a suas impressoes sobre mim que foram frequentemente relatadas, enquanto tomávamos café ou andávamos de metro, eu deixo que quebre sua cabeca e mantenho as minhas conclusoes finais mascaradas por uma possivel elegancia e por uma inegavel sonolencia no texto seguinte:

Nem coniventes e nem rebeldes, nem congruentes e nem hipócritas, nem certas e nem erradas, eram duas simples proveniencias de uma época brasileira em determinado contexto mundial que se encontraram em um mundo proveniente de outros eixos e nele se sustentaram durante umalonga jornada de solidao, de loucura e de liberdade, desvendando a verdade e o que sao através de papos rotineiros, de excessos e de diversao. Duas almas que depois deste tempo se parecem muito e estao sempre do mesmo lado da guerra, mas no entanto às parece imperativo o desconsenso e a discórdia, discutem cada detalhe e acabam por provocar controvérsias em suas tropas, mas de forma saudável, ironica e, por tanto, auto-crítica. Além de que misteriosamente assim acabaram por provocar uma certa conexao e solidariedade entre os concorrentes.
A amizade formada é baseada na honestidade e, ao mesmo tempo, na desvalorizacao da verdade e dos limites: ela nao se sustenta na confianca, mas na conciencia do carater duvidoso de ambos os lados.
O reconhecimento da presenca do outro tomado pela cabeca do um é mais importante do que a presenca em si, sao como duas pessoas que vivem sozinhas, porém juntas. O engracado é que de alguma forma esta convivencia levou a amizade a um ponto em que poupam a despedida, pois nao precisam de ter a confirmacao da boca do outro de que sentiria-se falta, um olhar rápido já basta.

A vida continua e cada um se deixa a vontade pra se socorrer em lembrancas. O futuro é sempre incerto.

Um comentário: