domingo, 9 de dezembro de 2012

Sem lenço, sem documento, sem direção.

Me mataram.
Há alguns meses me mataram
E agora vivo feito morto
Vago inerte por ai
Entre o absurdo dos vivos
Entre o vazio dos versos
Me tornei a parte do universo
Me tornei carta branca
Nada sei e nada quero
Nada levo a sério
Sou um morto sem cemitério
Um estrangeiro neste plano
Um estranho entre os humanos
Entre as paixões o os jogos sociais
Deixei a vida para traz
Por não tê-la compreendido
Porque tanto faz
Porque somos todos Sísifo.




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