sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Você vale um tanto
que não vinga redizer
Redemonstrar, Recair.
Não valho pouco assim
Me retenho em descrição, em serenidade forjada,
Sou quase um fugitivo e minha cabeça não vale nada.

Porém,
Por entre os tragos de cigarro e os goles de café
Meio ao descompasso das noites mal dormidas,
Meio à memória e à baixo auto-estima
Vingam enfim, mas por poucos segundos,
Os meus insanos olhares,
Os meus tristes suspiros,
O medo,
O conflito
Para que então revejas, relembres, repares
Te desejo um tanto que não vales.
Ninguém vale tanto assim.

Vejo todo movimento teu em meus olhares de lado,
Sinto toda a sua espontaneidade, enquanto me retenho calmo
Não sei se és ingenua ou indiferente,
Se és tão segura ou se também és fugitiva,
Mas de que vale os meus escudos
Meio a tantas recaídas?
E ela nem vale tanto assim
Reafirmo a todo instante,
Mas no segundo em que me distraio
Assim que a loucura fala mais alto
Sinto de novo o arrepio,
Tremo,
Suspiro,
Revivo toda a tensão
Todo o conflito.
Toda a enrascada
Aqui não valho quase nada.

Sinto um desconforto,
Um gosto amargo,
É melhor me recompor
É melhor dar outro trago.
Ela não vale tanto assim.
Ninguém vale tanto assim.







Nenhum comentário:

Postar um comentário