Diz ó meu amor,
Se preciso de rima,
Se preciso de simetria,
Se não fogem aos padrões os poemas mais sinceros?
Da alma pro papel não surge a beleza
A beleza aqui é no espontâneo, não na forma
Não penso em prosa,
Tampouco em rimas.
Penso em poesias
Poesias mal cuidadas
Nascidas no inóspito, no selvagem.
No nó neuro-caótico,
Na coragem.
Da noite pro dia,
Dum segundo pro outro
Há sempre a poesia, que descreve a paisagem
Não vale a pena ver de fato?
Não são os mais completos retratos, os poemas mal cuidados?
E meu amor, pra que rimar-te
Se já são tão belos teus olhos,
Tua boca, tua pele, teu cheiro.
Se em rima vê-se exagero
Descuido pra mostrar a verdade
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