E então te dizer, que você foi muito importante pra mim. E dizer a todos os loucos, todos os tristes e todos os perturbados, que escrevam, pois passa. E pois queria saber que escreveriam eles também. E que é engraçado saber do tanto que você valeu só agora, que eu meio que lutei contra essas ideias, mas que enfim assumi que estou fora de controle de mim. Não me domino, nem um pouco. O que experiencio me afeta de um jeito imprevisível e quase aleatório, não faço ideia do que vai ficar, do que vou esquecer, do que vai deixar cicatrizes, do que me faz bem, do que me faz mal. Desde quando me entendo por gente é assim.
Me conheço tão pouco, quanto conheço o universo, quanto conheço aos outros, e não conheço ninguém. Ninguém conhece a ninguém, e ninguém me conhece. Minha pequenice não é só perante ao universo e aos outros, mas perante a mim mesmo, a esse negócio, esse continum que chamo de eu, que destruo, altero e preservo a cada ação, a cada pensamento, a cada emoção que experiencio. Sou vítima dele e ele de mim. Sem dúvida uma maior compreensão entre nós seria saudável, mas quiçá isso é possível. Talvez já resolveria entender que não me entendo, que estou a mercê de uma máquina muito potente, muito poderosa e descontrolada, que é meu cérebro, e com esse entendimento suportar as emoções, as memórias e os desejos com mais paciência e lidar com a vida com mais humildade. Mas não sei. Não sei de nada, nem de mim e nem do mundo.
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